Pasta-expert ***
Master na arrumação da caixa de sushi ***
Doutoramento na cozinha do desenrrascanço ***
Veggie Friendly ***
Viciada em comer-fora e arruinar carteiras
Já sabem que quando vos trago novidades, costumam ser das boas! E após uma semaninha de férias fora deste grande Portugal, não imaginava eu estar aqui a escrever-vos sobre um sítio incrível para fugir uns dias, mas aqui tão pertinho de Lisboa.
Onde?! Onde?! Onde?! - perguntam vocês.
Em Alcochete! - respondo eu.
Mas isso não é a terra do Freeport? - perguntam novamente, com um tom surpreso.
É pois! Mas vai deixar de ser "só" a terra do outlet (e note-se que há mesmo muuuiiitttoooo mais para conhecer em Alcochete) e vocês vão passar a ter mais um local de referência, um brutalíssimo resort mesmo em cima do Tejo para planear umas belas férias ou quem sabe uma escapadinha anti-stress!
Refiro-me ao Resort Praia do Sal, que é só assim uma coisa magnífica de se conhecer. Um empreendimento com design moderno inserido num contexto natural: rio, espaços verdes e muita descontração. O Resort fica literalmente à beira do Tejo, com uma pequena doca até um moinho respeitosamente conservado e uma luz que não consigo bem descrever por palavras... Mas vou tentar! Estão a ver aquela luz de final do dia com alguma "cassimba" no ar? (Não sei se cassimba é uma palavra usada neste Portugal fora, mas na minha terra significa aquela humidade clássica à beira mar, meia-parva, que estraga todo um cabelo encaracolado perfeito) Pronto, é combinação luz/humidade que nos fazem entrar num mood de filme icónico, onde a luz reflete de outra maneira e parece que estamos de férias e o mundo é lindo e perfeito... É difícil explicar, juro que ainda não tinha consumido uma pinga de álcool...
Neste empreendimento, além de um "com-muito-bom-aspeto" SPA (que tenciono CLA-RA-MENTE experimentar num fim de semana de escapadinha), temos também o Omaggio, o restaurante italiano que fica neste local mas que está aberto ao público em geral (para os mais envergonhados que acham que estão a entrar no hotel, aviso já que o acesso ao restaurante tanto se faz diretamente pelo hotel como tem uma porta independente, ao lado da porta principal). E tem um Menu Executivo ao almoço com um preço incrível (15€ - podem consultar o menu semanal na página deles!)
É então aqui, após esta "breve" introdução às redondezas, que começa a descoberta do Omaggio, que mesmo antes de entrar, já me tinha impressionado pela decoração... Um restaurante com a mão do Chef Fábio Paixão da Silva de "homenagem à cozinha italiana, aos seus produtos, cheiros, cores e sabores". A esplanada na parte de trás do restaurante é incrível: seja pela piscina decorativa que nos remete para um ambiente de verão, como também pela vista para o rio Tejo. Acho que as fotos vão falar por si!
Sentem-se nesta esplanada a beber um cocktail e a ver o pôr do sol, não se vão arrepender!
No interior, as mesas estão impecavelmente preparadas para as refeições, num espaço amplo que tanto dá para grupos maiores, como também dá para mesas mais recatadas (para aquele jantar romântico, não é?). A cozinha é "aberta" e podemos ficar horas a admirar os chefs na sua arte, a observa-los que nem voyeurs enquanto preparam os pratos ou colocam as pizzas no forno (forno lindíssimo, tenho que dizer! Mais parece uma peça de museu!).
Agora falando de coisas sérias e comestíveis:
Como manda a lei, começámos pelos couverts e tenho a destacar: a manteiga de alho e ervas, a ciabatta, a focaccia e a Marinara (uma entrada típica feita com massa de pizza).
De Antipasti (só uma nota de amor aos italianos por terem inventado nomes diferentes para comermos entradas duas vezes), experimentámos a BurrataAll' Omaggio e os Arancini. A parte difícil é conseguir escrever esta parte do texto sem começar a chorar/salivar/desesperar pelos Arancini... Como é que algo tão pequeno e parecido com um simples croquete, pode ser tão divino? É este o nível desta entrada, e para quem não está tão a par do que é um Arancini, é uma bolinha de risotto cheia de queijo e fumados italianos, que aqui são acompanhados com uma maionese trufada. Claro que a burrata estava também incrível - é queijo, é bom - mas nunca tinha comido uma com salicórnias de Alcochete e tão bem temperada.
Pronto, podia ficar por aqui e já estava incrivelmente maravilhada com o Ommagio. MAS NÃO! Ainda faltavam os pratos principais para compor o ramalhete e me deixar de queixo caído. (Já deu para perceber que adorei né? spoileralert).
Experimentámos um pouco de tudo: o RisottoGamberi e Vongole que muito bem servido de camarões e ameijoas, Risotto ai funghi que nunca falha, e a LasagnaDellaCasa que, tendo em conta o meu gosto pessoal, faltou um pouco mais de queijo para compensar tanto tomate.
Também provámos as pizzas ao estilo Napolitano, com massa de fermentação lenta e confecionadas em forno de lenha: Frutti di Mare, Picantina, Milanezza e Margherita - todas estavam incríveis, com um rebordo crocante perfeito, achei que não ia apreciar a frutti di Mare mas estava mesmo deliciosa (eu que não sou fã de atum nas pizzas, tive de me render às evidências!)... mas a minha favorita foi sem dúvida a Picantina (que leva picante da casa, pepperoni e flor de sal).
Fiquei com muita vontade de voltar para experimentar as pastas, o meu italian guilty pleasure, mas não havia mesmo nem mais um milímetro em mim para mais.
Mas claro, foodie que é foodie, deixa sempre aquele espacinho para as sobremesas! Fomos brindados com uma tábua de mini sobremesas para que pudéssemos provar quase todas: Bolo mousse de chocolate, Cheesecake de ricotta, Tiramissú e PannaCotta. Tenho de admitir que já provei melhores tiramissú, não sei se o facto de estar servido num recipiente mini influenciou o sabor final (é provável, porque adoro este doce carregado de creme), e é aqui que me sinto na obrigação de voltar para confirmar... (nota para mim própria: mais uma bela desculpa para dar ao meu marido)
Fiquei pasmada com o cheesecake de ricotta, estava ótimo! E o bolo/mousse de chocolate merece o prémio do mais gostoso!
Resumindo, acho que é um espaço que vale TODA a pena de guardarem no vosso GPS, na vossa lista de restaurantes a visitar no futuro... na vossa wish-list, nos vossos favoritos, o que vocês usarem, pronto! Acho que a ideia de fazer uma escapadinha naquela zona é fantástica, aproveitar para fazer uma bela massagem e relaxar no SPA, acabar nesta esplanada magnifica a curtir o pôr do sol (entra o Toy), beber um cocktail e terminar com uma refeição fantástica. Acredito que em breve o farei novamente, porque no final das contas, foi um dia muito bem passado e especial!
Não há nada nesta vida que me deixe mais entusiasmada como experimentar restaurantes novos, e ainda por cima se for para experimentar comida que não sei cozinhar, perfeito!
Já tinha passado os olhos por algumas fotos no Instagram da Madam Bo, onde se destacavam as várias cores dos dumplings e o próprio espaço, que faz lembrar uma ruela algures na Ásia que, apesar de nunca lá ter ido, reconheço dos filmes como o sitio de eleição para uma boa refeição à "local". Quando lá cheguei ao restaurante, que fica ali em pleno Príncipe Real onde sempre fui muito feliz, foi isto mesmo que confirmei: a sensação é que estamos na rua mesmo estando dentro do restaurante, nessa tal ruela no meio de uma infinidade de sítios para comer comida rápida e saborosa. As mesas e cadeiras estão lá, mas penso que o objetivo é mesmo comer e seguir viagem, não estamos num sítio para "fazer sala". É street food sem o ser, acho que nós Portugueses ainda não estamos preparados para comer sem sentar o rabo... Mas adoro o conceito!
Passámos os olhos também pelo menu, que é exatamente como se quer: simples, curto e "especializado". Dá-me gosto ver isto: um menu simples e focado no que se faz de melhor por ali: dumplings. Escolhemos, pois está claro, dois de cada sabor, por forma a experimentar todas as opções: vegan, frango, vaca, porco e camarão.
No fundo do restaurante estava uma placa que nos ajuda a identificar os dumplings pelas cores: rosa é o de porco, preto o de novilho, verde de legumes e tofu, amarelo o de frango e por fim o de camarão e coentros "sem cor". Clarooooo que Maria LM só viu a placa no final da refeição e ficou o jantar todo a tentar identificar os sabores de cada um, o que até se tornou positivo para não enganar o palato com o seu cérebro destruidor de expectativas (provavelmente teria torcido o nariz ao de porco... e foi o que mais gostei!). Resumindo a experiência de sabores: amei todos. O meu inesperado favorito foi o de porco e sichuan (e claro que vou jurar até à morte que o culpado é o Sichuan mesmo não sabendo o que isso é. Google: uma pimenta talvez?). O vegan, talvez tenha sido o menos favorito, mas note-se que era incrível como todos os outros seus pares.
Todos os dumplings, seja qual fosse a variedade que colocava à boca, eram uma surpresa e uma experiência diferente: o frango, não era só frango nem só shitake, era "Ásia", um sabor maravilhoso que nos leva a viajar por sítios diferentes. Isto aplica-se a todas as "bases" que ali podemos pedir, sejam elas o frango, a vaca, o porco ou até mesmo os vegetais, estamos a provar algo que até podemos comer todos os dias, mas ao mesmo tempo são uma novidade quando cozinhados e condimentados de forma diferente da nossa cozinha típica.
Para acompanhar pedimos uma salada de pepino e outra de coleslaw. A salada de pepino é muito condimentada, o meu esposo adorou e comeu-a praticamente toda, foi a salada coleslaw que me ganhou o coração: com os seus amendoins a dar aquele crocante e um molho não tão forte e mais equilibrado para o meu gosto.
Por fim, e enganem-se se acham que tínhamos mais espaço para sobremesa (20 dumplings para 2 pessoas é um exagero, mas quem nos mandou ser bestas hum?), experimentámos a mousse de matcha que estava DI-VI-NAL. Aquele crocante de sésamo é a cereja perfeita em cima deste "bolo", doce sem ser doce, uma cremosidade que não estava à espera. (Perdoem-me as fotos da sobremesa, mas entusiasmei-me, mandei-lhe uma colherada mesmo à besta antes de tirar foto e tentei remediar depois... não ficou nada decente!)
Resumindo e concluindo: adorei a experiência e hei de voltar a ver estes dumplings à minha frente! Vejo o meu regresso ao escritório com mais entusiasmo, a incluir o Madam Bo nos pedidos de almoço, e quem sabe quando lá passar por perto, voltar a sentar-me numa naquelas mesas altas para um almoço/lanche/jantar/snack rápido...
Agradeço mais uma vez à Zomato pela sugestão de experiência!
Sabem que esta coisa de desconfinamento tem muito que se lhe diga... Conseguir voltar a confiar que podemos sair de casa, felizes e contentes, para desfrutar de algo que sabemos fazer tão bem: comer fora.
"Comer fora" é a arte de arranjar desculpas: "não me apetece cozinhar", "o chef cozinha muito melhor do que tu", "a máquina de lavar louça está avariada", "não tenho tempo para a cozinha hoje"... No caso do sushi, arranjo sempre desculpa! É que dá mesmoooooo um trabalhão fazer em casa e os chefs dão nos 20-0 na qualidade/rapidez/preço.
A parte de desconfinar e ir a um restaurante a sério... Sentar, comer lá, estar mais do que uma hora fora de casa... Essa é a parte que me parece mais difícil. Mas há que encontrar sítios que nos tragam segurança e nos deixem à vontade para o fazer. O Koi é um destes sítios.
Já lá tinha passado umas quantas vezes, mesmo no centro da cidade, no Saldanha, perto de tudo e todos. A Rua Filipe Folque é ali meio escondida, mesmo ao lado das esplanadas do Valbom, sempre foi uma das minhas zonas favoritas de Lisboa.
O espaço é acolhedor, uma decoração engraçada de chapéus de papel no tecto que fazem lembrar aqueles que se metem nos cocktails, mas em ponto grande. As mesas têm bastante espaço entre si e sentimo-nos à vontade, em segurança.
Estava tudo de acordo com as novas (e chatas) normas, o pormenor de colocarem um toalhete desinfetante em cada lugar é um miminho que demonstra a atenção que têm com os clientes, gostei.
O KOI funciona com menus all you can eat ao almoço (13,90€) e ao jantar (18,90€) mas também tem a opção à carta. Se seguirem o Instagram deles (@koisushisaldanha), estão constantemente a publicar campanhas e promoções loucas com preços muito apetecíveis!
Nós fomos em modo all you can eat (vocês já sabem que este corpitxo alimenta-se bem) e no pedido, quando me perguntam se tenho preferência pelo tipo de sushi, já tenho o hábito de pedir o mais tradicional possível (tento mesmo não me esquecer de o fazer, porque não costuma correr bem só fusão). Desta vez, e de forma a não estragar a criatividade dos sushimans, pedimos um mix tradicional-fusão para poder disfrutar da especialidade da casa.
As entradas são as clássicas peças hot rolls, que infelizmente não acho piada, mas ao provar uma descobri que estas até não me desagradam de todo. Em vez de um polme simples tinham qualquer coisa crocante (penso que amêndoas ou qualquer coisa do estilo) e não estavam empapadas em óleo.
Continuo a preferir sashimi.
Mas a seguir sim, veio a "coisa séria": pratos muito bem decorados de sushi, uns mais tradicionais e outros de fusão.
A apresentação estava irrepreensível! Sashimi bem fatiado, de várias qualidades de peixe e em doses consideráveis, muita variedade de peças e até diria que tinha fusões muito interessantes que nunca havia provado. 10 pontos para Gryffindor pela criatividade, e pelo sashimi!
As peças de sushi tradicional estavam no tamanho certo, com boa proporção peixe-arroz e alga decente. Quanto as peças de fusão, provei algumas (não todas) e gostei muito das variações com arroz preto, roxo, rosa... Eram engraçadas e acabavam por ser mais parecidas ao estilo tradicional. Provei também uma com manga por cima e já achei demasiada fusão para mim. Vou me manter no tradicional, mas para quem gosta de fusão a sério, acho que tem potencial!
Continuo a preferir sashimi.
O peixe estava todo bastante fresco, não sendo o da maior qualidade que já comi, para o preço apresentado, é provavelmente dos mais justos e que fazem valer a pena voltar. Já fui a sítios bem mais caros e com qualidade semelhante.
Como sobremesa, apesar de já não ter estômago para muito mais, provei um pouquinho de uma invenção da casa: um crepe de gelado de chocolate que se assemelha a um rolo de sushi, com fruta por dentro e umas sementes no topo. É uma mistura engraçada, acaba por complementar aquele docinho no final.
Mas... Até como sobremesa, contínuo a preferir sashimi! E para minha alegria, o sashimi estava mesmo óptimo!
Outro aspecto a referir foi a simpatia do staff, impecável. Super atenciosos, prestáveis e com atenção ao detalhe. O que nesta altura é de bradar aos céus, porque trabalhar sempre com a máscara e a exigência de manter tudo dentro das normas, é bem mais duro e mesmo assim, conseguem ser simpáticos com "um sorriso no rosto" (apesar de escondido, ainda vai dando para perceber).
Gostei bastante da visita, espero voltar em breve!