Pasta-expert ***
Master na arrumação da caixa de sushi ***
Doutoramento na cozinha do desenrrascanço ***
Veggie Friendly ***
Viciada em comer-fora e arruinar carteiras
Tive a oportunidade de conhecer o Chutnify em Cascais provavelmente numa das alturas mais engraçadas para o fazer, no festival das luzes (aka. Diwali)! Acho que a grande maioria dos Lisboetas já conhece ou já ouviu falar no Chutnify do Príncipe Real, porque a fama o precede já há alguns anos.
Esta festa hindu, conhecida por ter imensa cor, luzes e música foi a oportunidade perfeita para conhecer algumas das especialidades deste espaço e ainda poder usufruir de um ambiente festivo. A carta, apesar de ser especial para esta festa, tinha muitos dos pratos já conhecidos do menu habitual da casa.
Começámos pelas entradas (vou colocar por pontos para descrever melhor, dado que só pelos nomes ficava difícil para mim e para vocês):
Samosas de porco picantes - picantes, até para quem come wasabi à colher
Samosas de batata doce - que amei amei amei, o doce da batata com as especiarias fica perfeito
Gol Gappa - umas bolas tufadas com batata, grão de bico e uma água de tamarindo que "explodiam" de sabor ao colocar na boca
Chiken 65 - frango frito crocante marinado em gengibre, limão e iogurte com 65 especiarias, um mimo!
Mas agora percebo que me esqueci de um pormenor, começámos pelo cocktail antes de comer seja o que for.. e foi uma surpresa! Não estava à espera de encontrar tequila por um restaurante indiano, mas este cocktail "Anarkali" que além da tequila também tinha romã, cointreau, limão e chaat masala casou na perfeição com as entradas. Este restaurante tem uma carta bastante completa e interessante de cocktails muito bem conseguidos.
Uma das coisas que posso dizer com toda a convicção é que, pelo menos para mim, vir aqui é uma opção fantástica para jantares onde queremos conviver e ir petiscando com qualidade, o facto de podermos partilhar vários pratos, provar um pouco de cada, a comida vai chegando e nós nem damos pelo tempo a passar... Felizmente, estava bem acompanhada e pudemos fazer esta festa na mesa:
Chole bhature com pickle de manga - um curry bem picante de grão de bico servido com um pão frito (muito macio e fofo) acompanhado com um pickle caseiro de manga.
Tikka masala de frango com arroz pulao - costumo comer bastantes vezes este prato noutros sítios, mas este tem uma qualidade muito a cima do que estava habituada!
Balchao de camarão com naan de manteiga - este foi provavelmente o mais picante de todos os pratos, para quem adora picante como eu estava mesmo no ponto. O facto de ser acompanhado pelo naan amanteigado, equilibra bastante os sabores e torna-se mais suave.
Asas de frango Tandoori - marinadas em iogurte, bem picantes e crocantes
Malai kofta com arroz pulao - este prato foi sem dúvida o que mais gostei, talvez por ser também uma novidade para mim, mas adorei a combinação das bolinhas fritas de batata com um molho super cremoso de cebola e tomate.
Como podem calcular, não se pode conhecer um sítio novo sem fazer a visita completa, para sobremesas seguimos as duas sugestões do menu Diwali: um mango sago pudding e samosas de chocolate acompanhadas com gelado. Por incrível que pareça, estava a torcer o nariz às samosas e foi sem dúvida uma boa surpresa! O crocante da samosa, quentinha, com o gelado de baunilha a equilibrar, fica super saboroso (e claro que não sabe de todo a uma samosa salgada, ao contrário do que eu imaginei).
Posso dizer que esta foi uma das melhores experiências que tive num restaurante de cozinha indiana. A comida era fantástica e o espaço está absurdamente bem decorado, confortável e moderno, para não falar que a localização é perfeita (estas "novas" ruas amarelas de Cascais são uma pequena vila gastronómica cheias de vida).
Vou com certeza voltar, provavelmente na próxima dou um saltinho ao Príncipe Real para ficar a conhecer esse espaço, porque a comida com certeza já sei que não me vai desiludir. E claro, ainda há toda uma carta para desbravar!
Nota importante: Para quem tem Zomato Pro, tem 20% de desconto no espaço do Príncipe Real!
Não há nada nesta vida que me deixe mais entusiasmada como experimentar restaurantes novos, e ainda por cima se for para experimentar comida que não sei cozinhar, perfeito!
Já tinha passado os olhos por algumas fotos no Instagram da Madam Bo, onde se destacavam as várias cores dos dumplings e o próprio espaço, que faz lembrar uma ruela algures na Ásia que, apesar de nunca lá ter ido, reconheço dos filmes como o sitio de eleição para uma boa refeição à "local". Quando lá cheguei ao restaurante, que fica ali em pleno Príncipe Real onde sempre fui muito feliz, foi isto mesmo que confirmei: a sensação é que estamos na rua mesmo estando dentro do restaurante, nessa tal ruela no meio de uma infinidade de sítios para comer comida rápida e saborosa. As mesas e cadeiras estão lá, mas penso que o objetivo é mesmo comer e seguir viagem, não estamos num sítio para "fazer sala". É street food sem o ser, acho que nós Portugueses ainda não estamos preparados para comer sem sentar o rabo... Mas adoro o conceito!
Passámos os olhos também pelo menu, que é exatamente como se quer: simples, curto e "especializado". Dá-me gosto ver isto: um menu simples e focado no que se faz de melhor por ali: dumplings. Escolhemos, pois está claro, dois de cada sabor, por forma a experimentar todas as opções: vegan, frango, vaca, porco e camarão.
No fundo do restaurante estava uma placa que nos ajuda a identificar os dumplings pelas cores: rosa é o de porco, preto o de novilho, verde de legumes e tofu, amarelo o de frango e por fim o de camarão e coentros "sem cor". Clarooooo que Maria LM só viu a placa no final da refeição e ficou o jantar todo a tentar identificar os sabores de cada um, o que até se tornou positivo para não enganar o palato com o seu cérebro destruidor de expectativas (provavelmente teria torcido o nariz ao de porco... e foi o que mais gostei!). Resumindo a experiência de sabores: amei todos. O meu inesperado favorito foi o de porco e sichuan (e claro que vou jurar até à morte que o culpado é o Sichuan mesmo não sabendo o que isso é. Google: uma pimenta talvez?). O vegan, talvez tenha sido o menos favorito, mas note-se que era incrível como todos os outros seus pares.
Todos os dumplings, seja qual fosse a variedade que colocava à boca, eram uma surpresa e uma experiência diferente: o frango, não era só frango nem só shitake, era "Ásia", um sabor maravilhoso que nos leva a viajar por sítios diferentes. Isto aplica-se a todas as "bases" que ali podemos pedir, sejam elas o frango, a vaca, o porco ou até mesmo os vegetais, estamos a provar algo que até podemos comer todos os dias, mas ao mesmo tempo são uma novidade quando cozinhados e condimentados de forma diferente da nossa cozinha típica.
Para acompanhar pedimos uma salada de pepino e outra de coleslaw. A salada de pepino é muito condimentada, o meu esposo adorou e comeu-a praticamente toda, foi a salada coleslaw que me ganhou o coração: com os seus amendoins a dar aquele crocante e um molho não tão forte e mais equilibrado para o meu gosto.
Por fim, e enganem-se se acham que tínhamos mais espaço para sobremesa (20 dumplings para 2 pessoas é um exagero, mas quem nos mandou ser bestas hum?), experimentámos a mousse de matcha que estava DI-VI-NAL. Aquele crocante de sésamo é a cereja perfeita em cima deste "bolo", doce sem ser doce, uma cremosidade que não estava à espera. (Perdoem-me as fotos da sobremesa, mas entusiasmei-me, mandei-lhe uma colherada mesmo à besta antes de tirar foto e tentei remediar depois... não ficou nada decente!)
Resumindo e concluindo: adorei a experiência e hei de voltar a ver estes dumplings à minha frente! Vejo o meu regresso ao escritório com mais entusiasmo, a incluir o Madam Bo nos pedidos de almoço, e quem sabe quando lá passar por perto, voltar a sentar-me numa naquelas mesas altas para um almoço/lanche/jantar/snack rápido...
Agradeço mais uma vez à Zomato pela sugestão de experiência!
O que há de melhor nesta "bida" do que acordar a um sábado - quem sabe após uma sexta à noite atribulada - e ir até um espaço que nos sirva aquele pequeno de almoço de hotel, sem ter a necessidade de efetuar aquele check-in chato? Aquela comidinha que efetivamente vai ser a nossa primeira refeição do dia, mas já não são horas decentes para lhe chamar pequeno almoço e, ao mesmo tempo, não podemos chamar-lhe almoço porque isso implicaria já termos comido algo... e por estes problemas horrendos de primeiro mundo tivemos de intitular esta refeição como Brunch? É isso... e é mesmo do melhor.
Como eu também há muita malta que até dispensa aquele típico brunch moderno neo-cenas que se servem em 99% dos espaços da capital, isto porque: ou servem cenas que eu faço em casa ou servem demasiados doces e coisas cheias de chocolate e fruta. Eu até me considero uma pessoa gulosa e adoro terminar todas as minhas refeições com aquele docinho maroto, mas há que entender que o que me satisfaz de manhã são mesmo cenas salgadas.
Para minha agradável surpresa, o Clube Lisboeta lançou uma carta de novos Brunchs que vêm satisfazer os meus desejos de pessoa-não-muito-dada-aos-doces-logo-de-manhã. Para me surpreender mais ainda, convidou-me para ir lá conhecer a nova carta.
O espaço é super bem decorado, nada daqueles espaços super fashions e trendy ao estilo novo rico, tem luz suficiente para não levar com grandes luzes artificiais nos olhos logo "de manhã" e com espaço para bastantes pessoas. A decoração é sóbria, simples e convidativa. Só mudava a música ambiente para um bossa nova e ficava perfeito! (fica a sugestão!)
O Chef José Lopes (ex-Chef executivo do Eleven) criou 3 opções de Brunch nesta nova carta, as três são muito semelhantes (todos têm as mesmas "entradas" e "sobremesas") e diferem apenas no prato que é servido como "principal". Felizmente, conseguimos provar as três opções para vos poder ajudar nesta extremamente difícil escolha.
O conceito desta nova carta é proporcionar uma experiência caseira: tudo feito de raiz no próprio restaurante - desde o pão, à massa fresca, à compota, etc - ter a melhor qualidade de ingredientes aliada a uma boa confecção.
Começámos com a parte comum aos três: as variedades de pão, salgados artesanais (pão com chouriço e umas bolinhas estilo Arancini de-li-ci-o-sas), ovos mexidos que estavam no ponto perfeito, uma pequena porção de feijoada que poderia ser perfeitamente a minha refeição inteira, ainda uns pedacitos de queijos variados (muito agradáveis), compota e manteiga ghee. Irrepreensível! Estes pormenores como ter manteiga ghee matam-me de felicidade.
Logo de seguida (que não foi assim tão de seguida, tendo em conta que eram imensas coisas para experimentar), apresentaram os três pratos principais que dão o nome a cada Brunch:
Brunch Ceviche - Este ceviche trouxe à minha memória os sabores do México: peixe bem fresco com um suave sabor a guacamole e pimentos, um taco de milho por cima super crocante para finalizar a textura do prato. Muito saboroso e bastante diferente.
Brunch Surf and Turf - Este hambúrguer foi a coisa mais difícil de aceitar... Leitão e camarão? No meu cérebro isto não fazia muito sentido, contudo, ao provar este bicho apercebi-me que não entendo nada de culinária moderna. Isto é efetivamente um mix que combina na perfeição (e olhem que eu não acho piadinha nenhuma a leitão), o chucrute de acelgas e o pão brioche fazem ali um pandam (pendant para os mais preciosistas) muito saboroso com os outros dois. Uma festa de doce e salgado acompanhada de batatinhas doces fritas bem crocantes e saborosas.
Brunch Massa Talharim - Por fim, provámos este último prato que sinceramente, não me chamou muito a atenção ao início... mas acabou por ser o meu favorito. A massa, como já tinha referido anteriormente, é fresca e caseira e isso, meus amigos, faz toda a diferença! Aquele molho verde de espinafres com óleo de trufa e o toque de avelãs fez-me lembrar um pouco o sabor a pesto (nada a ver), mas muito mais suave e saboroso. Os espinafres frescos traziam uma leveza ao prato e o ovo completava-o. Espetacular! Quando voltar, não tenho dúvidas em qual será o meu prato!
Por fim, e novamente voltando à parte comum aos três menus, serviram-nos as possíveis sobremesas do dia:
Duas panquecas - uma de creme de queijo e frutos vermelhos e outra de chocolate e banana - estavam boas, mas preferi a que tinha queijo creme.
Uma mousse de chocolate, que tinha um toque diferente mas não consegui identificar o sabor... Não seria a minha escolha como sobremesa no meio de tanta coisa boa!
Um bolo de chocolate, bastante denso e cheio de sabor. Só tinha um defeito: côco... Mas vá, isso é defeito meu né? Ainda andei ali a raspar o topo para tentar tirar o sabor, mas não me safei.
Tentando resumir algo que é difícil pôr em poucas palavras: eu até tinha dispensado os doces, estava extremamente satisfeita com todos os outros pratos. Este sim, é o Brunch que eu andava sempre à procura: mais virado para os pratos salgados, ingredientes de extrema qualidade e cozinhados no espaço... muito bem cozinhados! A apresentação do espaço e do Brunch fala por si, não há nada a apontar.
A parte mais chocante, é o preço. Engane-se quem acha que para comer bem é preciso pagar um absurdo!
16€ para uma pessoa e 28€ para dois. Sim, é o preço de um brunch em qualquer espaço e sim, este é servido por um Chef a sério.