Pasta-expert ***
Master na arrumação da caixa de sushi ***
Doutoramento na cozinha do desenrrascanço ***
Veggie Friendly ***
Viciada em comer-fora e arruinar carteiras
Finalmente meus queridos, posso dizer que estamos (lentamente) de volta aos restaurantes! Com muita calma e com muito cuidado, claro, mas com a situação pandémica a melhorar a olhos vistos, já me sinto confortável em visitar novos espaços e voltar ao activo aqui no blog!
Foi um ano difícil para quem sofre de compulsão em conhecer novos restaurantes e escrever sobre eles, mas... I'm back foodies!
O Parque das Nações sempre foi um dos sítios de eleição para combinar encontros gastronómicos com amigos, não só pela localização ser óptima para quem não mora no centro de Lisboa mas também pela facilidade de acessos (metro, comboio e, principalmente no meu caso, por ter alguma facilidade de estacionamento). É uma zona muito bem frequentada, com uma vista incrível sobre o Tejo, promete sempre um bom passeio para moer os exageros das refeições (também no meu caso).
Há muito tempo que olhava de esguelha para o The Old House, quando passava por aquela porta de madeira imponente. Sempre cheio de clientes (o que é sempre bom sinal), com uma esplanada apetitosa cá fora... E claro, eu amo comida chinesa! Andava a namorá-lo há algum tempo e finalmente tive oportunidade de avançar para aquele primeiro date.
Posso vos dizer que a primeira coisa que pensei quando entrei no espaço foi: isto não é "um restaurante Chinês", é UAU!
Nada, mas mesmo naaaaada a ver com o que em Portugal costumamos associar a um típico restaurante de comida chinesa. Onde estão aqueles quadros que mudam de imagem consoante o ângulo? Onde estão aqueles candelabros super-shining cheios de leds às cores? Não estavam... Além do restaurante ser enorme, a decoração é incrível e muitíssimo cuidada. E por falar em incrível, eles batem aos pontos a minha avó no número de louças por metro quadrado.
Fiquei a conhecer um pouco da história deste espaço: a primeira surpresa é que este restaurante faz parte de uma cadeia onde este é o mais pequeno deles todos (Ok, tamos a falar de dois pisos de restaurante, cheio de salas e salas e salas... Onde cabem centenas de clientes! Até casamentos já se fizeram ali!) e este é também o único que fica fora da China, incrível! Mais incrível ainda é o facto de ser um espaço gigante que ao mesmo tempo consegue ter imensa privacidade, as salas dobram-se e desdobram-se à medida da necessidade de espaço, também mesas para 2 ou 4 pessoas, uma esplanada imensa... Este restaurante foi claramente pensado para grupos e famílias, mas não deixa de ter sido desenhado de forma a nos dar privacidade e conforto seja um grupo enorme ou uma pessoa só!
O The Old House é um restaurante que tem uma grande máquina por trás, e isso percebe-se logo nos pequenos pormenores. Todo o staff é treinado e formado para não só providenciar uma experiência gastronómica perfeita como um serviço incrível, da sala à cozinha, o restaurante aposta num treino muito completo. A carta é imensa: ao mesmo tempo que é incrível (parece que temos um livro de culinária nas mãos) é também um pouco intimidante. Mas deixamos logo de nos sentir intimidados quando um funcionário da sala (super formado) vem à nossa mesa e, com muita paciência e delicadeza, nos sugere os melhores pratos tendo em conta os nossos próprios gostos pessoais. Há pratos para todos os gostos, desde o clássico pato à Pequim até à Lagosta, com muito picante ou sem... Um festival de escolhas!
Seguindo portanto as sugestões de quem sabe, aproveitei enquanto esperava pela comida para apreciar aquela vista incrível. Felizmente, ficámos numa das mesas do primeiro piso onde podemos disfrutar de uma vista de sonho num ambiente mais intimista.
Vamos falar de comida, porque bebida já sabem, há que sempre aproveitar para beber uma cerveja chinesa a combinar com o ambiente:
Entradas
Começámos por degustar uns cogumelos fritos com gyosas e camarões fritos, acompanhados com molho agridoce. Super crocantes, bem confeccionados e saborosos.
Pedimos também Xiao Long Bao, foi a minha entrada favorita. O recheio de carne e cogumelor estava muito rico e aquela nuvem fofinha a desfazer-se a cada dentada... Divinal!
Pratos Principais
Provámos também dois dos pratos mais pedidos no restaurante: a carne de porco desfiada com molho especial e o frango em cubos com amendoins (picante nível 1). A comida desta região da China, Shichuan, é conhecida por ser picante e bem mais forte do que nós estamos habituados, inclusivamente os níveis de picante foram adaptados ao nosso palato e não quis arriscar mais que um nível para primeira vez. Fiquei pronta para arriscar no picante seguinte na próxima visita, pois não era assim tãooooooo forte (acho que ganhei resistência com tanto wasabi). Tanto um como outro prato estavam muito bons, os sabores são super diferentes daquilo que sabemos cozinhar... Logo, cada dentada é uma tentativa de descoberta para identificar ingredientes e temperos!
Os cogumelos reais salteados que pedimos a acompanhar as carnes, foram surpreendentemente das coisas mais incríveis que provámos. Talvez a expectativa não fosse alta e fui realmente apanhada de surpresa. Têm um sabor muito diferente e espetacular! Mais uma vez, não conseguia mesmo fazer aquilo em casa.
O prato principal que me levou o coração, não só pelo sabor como pela apresentação, foram os noodles de arroz com camarão. Olhem para esta beleza:
Acreditem que o sabor supera a apresentação. Super leve, saboroso que se farta e é um prato que claramente se deve partilhar, porque a dose é enorme. Pode até nem ser dos mais intensos de sabor, mas é mesmo a minha cara: simples, bem confecionado e leve.
Sobremesas
Quando chegámos às sobremesas, mais uma vez decidimos provar os clássicos desta região de Sichuan.
Estas bolinhas na foto, são bolinhos de arroz recheados com sésamo e são uma das sobremesas preferidas na China, muito diferente daquilo que estamos habituados por cá, já que os chineses não são tão viciados em açúcar quanto nós. Logo, as bolinhas não são muito doces, são fritas e crocantes, com um recheio onde se sente logo o sabor a sésamo. Muito diferente e interessante.
Mas sem dúvida que gostei muito mais da seguinte sobremesa. Este incrível "Lago de Cisne", além de visualmente perfeito, é uma sobremesa extremamente equilibrada: mais uma vez, pouco doce, mas a combinação de massa folhada, pasta de feijão vermelho e manga é divinal.
Como vos posso resumir esta experiência? Olhem, saí de lá com um sorriso de orelha a orelha. Cheguei a casa entusiasmada a planear o meu próximo aniversário neste espaço incrível. Eu sempre amei comida chinesa, mas esta refeição fez-me perceber que há muito mais na cozinha tradicional chinesa que o meu pedido clássico "vaca na chapa quente" ou "vaca com molho de ostras". É mesmo um nível muito lá em cima. Já há alguns anos que prego aos ventos que o meu aniversário este ano seria num restaurante Chinês, estava longe de imaginar que seria este, é estúpidamente perfeito: o espaço, a comida, o ambiente... PERFEITO! O restaurante disponibiliza menus para grupo, que permitem partilhar vários pratos e assim conhecer melhor o menu.
Para a experiência e qualidade da refeição, acho que os preços são muito justos. Claro que há pratos muito mais dispendiosos (tipo, a lagosta né?) e outros mais em conta, depende sempre do que se pede, claro.
O que vos posso deixar de meggggaaaa dica, é que o The Old House, além de uma merecida e incrível classificação de 4.6, tem Zomato Pro e assim têm um óptimo desconto de 20% no total da factura.
Voltarei em breve, sem dúvida alguma, a este restaurante e vou partilhar as fotos no Instagram quando fizer o meu aniversário por lá! Sigam @lmnottobacco ;)
Para quem já me segue há algum tempo, acho que não é novidade nenhuma que uma das cozinhas que eu mais aprecio é a Italiana. Sabores totalmente imutáveis no meu paladar desde que me lembro de ser pessoa. Quando me aventurei a cozinhar as primeiras vezes, talvez influenciada pelos ingredientes que tinha à mão no frigorífico da mãe, era sempre uma massa ou uma "nheca à Lena" que mais tarde vim a descobrir que se assemelhava a um risotto muito tosco... Mas é isto: um amor muito grande a massa, queijo e sabores mediterrânicos.
Ir a um restaurante que já tem 20 anos de experiência e comandado pelo chef Rosario Corsa, italiano de gema, é um prenúncio de coisas boas e expectativas lá muito em cima. O Pátio Antico abriu em Paço de Arcos há mais de 20 anos, até tenho amigos que lá foram no seu primeiro encontro por ser exatamente um sítio "perfeito" para isso mesmo, agora encontramos a sua segunda casa no coração de Lisboa e num dos meus bairros preferidos - as Avenidas Novas. Este espaço já abriu há uns dois anos, mas devido a um incêndio e a uma posterior remodelação que não estava de acordo com o gosto dos donos, tem estado encerrado. Finalmente o restaurante reabriu portas com todo o seu esplendor, uma decoração simples mas muito cuidada, com aqueles detalhes no ponto e muito conforto.
Reservei mesa para as 20h, hora dos velhotes. A melhor hora para encontrar o restaurante calmo e para ter tempo de digerir tudo o que vou enfardar e conseguir ainda acordar às 06 da manhã para acabar a digestão. Os velhotes é que sabem!
Quando entrámos o ambiente era super calmo, fomos calorosamente recebidos e encaminhados para o fundo do restaurante onde a nossa mesa já estava à espera com algumas entradas: uma burratina de aspecto divinal, um carpaccio de salmão fumado, azeite e ainda uma cestinha de pão e grissinos caseiros. A burratina foi das melhores que comi até hoje, deitadinha numa cama de azeite e orégãos, desfazia-se a cada dentada, um sabor incrível! O salmão provei, mas infelizmente não consegui apreciar por recentes traumas com sushi :'( segundo o esposo, que comeu tudo, "estava bom" - mas para ele está sempre tudo bom.
Eu: "Estou gorda amor?"
Ele: "Está bom."
É isto, mesmo que tenha obesidade mórbida.
Bem, continuando com o que importa aqui: fomos recebidos pelo Sr. Miguel e pela simpática Salomé e ainda tivemos direito a um cumprimento do Chef. Ajudaram-nos com toda a paciência a descobrir a carta, gosto sempre de ouvir a opinião de quem sabe! Mas eu já tinha uma fisgada... na verdade duas! Foi atribuído o 2º lugar no ranking da MAGG das 10 melhores carbonaras para se comer em Lisboa, sem natas e sem cogumelos como manda a lei Italiana. Não podia perder isto por nada! E claro, a segunda fisga seria um belo carpaccio de vitela como entrada... Porque eu AMO carpaccio!
O Carpaccio estava de chorar por mais... A carne utilizada na casa é italiana, super fininha e bem temperada, com umas ervinhas por cima (adoro chamar ervas a rúcula, mas esta por acaso não sabia a relva de todo!), alcaparras e raspas de parmigiano. Este mix para mim, podia ser o jantar e "estava bom".
Eu pedi a carbonara, o esposo pediu umas almôndegas recheadas com queijo (penso que mozzarella, se não estou em erro) acompanhadas por ravioli recheados com queijo de cabra. Eu fiquei um pouco confusa com aquela escolha de almôndegas, quem é que pede almôndegas quando tens massa e risottos e tudo o que há de bom nesta vida, mas não podia ter sido mais parva neste à priori. Foram provavelmente das melhores almôndegas que comi nos últimos sei lá quantos anos, estavam suculentas, saborosas... e aquele queijo no centro de cada uma... oh meu Deus só de pensar já estou a babar de novo. Os ravioli estavam perfeitos, não consigo descrever de outra forma. Chorei a rir com a máquina que utilizam para raspar queijo parmigiano por cima dos pratos, que é automática e facilita em muito o trabalho da Salomé.
A Carbonara? Podia só vos dizer: vão lá e comam. Não se vão arrepender. Meto estas mãozinhas gordinhas no fogo por ela.
Mas não vou ficar por aqui: Não tem cá invenções à tuga, é uma carbonara a sério: pasta, pancetta, ovos e parmigiano. Não confirmei com o Chef, mas pelo que me apercebi a saboreá-la, a pancetta é refogada em cebola que carameliza de tal forma que parece que estamos a caminho do céu. A massa estava envolta naquele molho que não sabemos bem o que é, mas é cremoso... é delicioso, aquele sabor de queijo... OMG já tou a salivar outra vez que nem um cão de Pavlov. Para "arrebentar" com o colesterol: pedaços de pancetta crocante no topo para nosso êxtase total.
Não consigo mais do que isto. Não imaginam o que é para uma pessoa como eu, que acorda, respira e vive comida ir a um sítio assim onde entram com uma expectativa elevada e saem de lá surpresos.
Já não havia muito mais espaço em mim após todo este repasto dos Deuses que vos descrevi até agora... mas se há algo que eu aprecio nesta vidinha e não consigo recusar é Tiramisù. Foi um grande esforço? Não, teve mesmo que ser. E claro, há sempre aquele compartimento a mais no estômago para a sobremesa. Pedimos um "pratinho" para partilhar e veio um Titanic de tiramisù, este Sr. Miguel é preciso ter cuidado com ele... (um grande obrigada ao Sr. Miguel que nos recebeu com a maior simpatia e cordialidade). O tiramisù estava óptimo, até o esposo que não acha grande piada ao travo do álcool adorou este final.
Por mim, ficava a dormir ali. Já não me apetecia sair. Foi um daqueles momentos em que somos tão bem recebidos, sentimo-nos tão em casa e toda a experiência em si é tão óptima, que podíamos ficar lá sentados até nos expulsarem por já ser tão tarde. Se calhar o bom vinho e o copinho de grappa ajudaram a este sentimento, mas voltarei com certeza para o confirmar mais vezes.
Fiquei super feliz em descobrir também dois pormenores nesta visita: tem Zomato Gold e também Uber Eats. Como se calhar já repararam, sou ávida utilizadora dos dois e assim vou conseguir mais facilmente atingir o primeiro objectivo traçado: experimentar todos os pratos da carta. O segundo objectivo é ir ao espaço em Paço de Arcos, não há nada como conhecer a casa-mãe.
A todos os que ficaram curiosos em lá dar um saltinho: enviem mensagem, liguem, enviem um pombo, que eu sou bem capaz de alinhar nisso! :D
Quando me falaram em Menu de Degustação do Pão à Mesa, comecei logo a imaginar pães caseiros a voar na minha direção enquanto susurravam: manteiga... manteiga... Se calhar estava sob o efeito de uma aspirina, mas na verdade o facto de ser uma degustação num restaurante onde o que se serve é comida portuguesa moderna, deixa-me sempre curiosa porque não sei de todo o que vai acontecer.
Como se calhar já sabem, eu tenho aquele problema de pessoa que gosta de comer e cozinhar: não costumo ir a sítios onde sei fazer o que vou comer e não querendo ser presunçosa, mas sendo, eu até me safo na cozinha! E ir a um restaurante comer um bife com batatas fritas acaba por não ser a minha cena, porque para isso faço o meu bifinho e batatas (no forno) em casa. Claro que aqui neste caso, já me estou a mandar para fora de pé: no Pão à Mesa não se serve bife com batata frita, q'horror! Servem-se pratos portugueses com aquele twist da cozinha moderna que eu sei ZERO fazer. Aquelas espuminhas, aquelas reduções do coiso flambé... e por isso é que me entusiasma tanto ir experimentar restaurantes como este. Ainda por cima com assinatura do Chef José Lopes, que já conquistou o meu coraçãozinho no Clube Lisboeta.
Quando cheguei ao restaurante (depois de apanhar um mega trânsito de final de dia, viva o Príncipe Real), fiquei logo a gostar da localização (apesar do trânsito) porque fica num dos meus locais preferidos para jantar e beber um copo depois, sem ter de andar de um lado para o outro. O restaurante tem uma decoração simples, cuidada e acolhedora, com aquela iluminação suave que é péssima para as fotos mas maravilhosa para o ambience. Cheio de referências, imagens e frases de várias personalidades como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Amália... Boas referências ao espírito tuga!
O menu degustação é composto por 5 elementos, mas antes deles, veio o pãozinho a voar para a mesa (tal e qual como tinha sonhado), este é feito no próprio espaço e vem acompanhado de uma manteiga de açafrão divinal!
O primeiro momento foi o "Gaspacho e a nossa Conserva" - LM assustada como o catano - detesto conservas!!! Mas como boa foodie que sou, não se diz não a nada! NUNCA! E é nestes momentos que somos iluminados com a chapada-de-luva-branca-do-karma enquanto metemos aquele pedaço de cavala à boca e percebemos: eu andava enganada... Eu não "não gosto" de conservas, eu só não gosto das más! Aquele mix de gaspacho (que também poderia falar da minha péssima relação com o gaspacho, mas comparado com a cavala, nem vale a pena) com a cavala ligeiramente braseada ou sei lá eu o que era... estava maravilhoso...
O segundo momento chama-se "Camarão, Manga e Coco", uma combinação que me agradou só de seu nome. Quando chegou à mesa, gerou-se toda uma confusão porque mais parecia um torteloni-gigante-mal-fechado, mas calma, super bem apresentado! A questão é, aquela coisa que vocês vêem na foto em baixo trata-se de uma gelatina de manga que contém o tártaro de camarão e algures também ali no meio estará o coco... Foi aqui que o meu cérebro explodiu. Gelatina? Opá que coisa tão estranha e tão boa ao mesmo tempo! Isto, meus amigos, nunca saberia fazer em casa! Adorei este prato, adoro coisas que me baralhem o cérebro.
Em seguida, veio o Pernil de Porco à Alentejana. Os pedaços de pernil tinham um intenso e gostoso sabor a fumado, mas infelizmente, como não gosto muito de sentir gordura na carne, não consegui provar mais do que um pedaço (o que estava mais limpo). Eu sei quem ia adorar este prato: o meu querido esposo, que adora tudo o que tem pele e gordura à mistura. Aqui realmente só me safei, e muito bem, com as batatas bravas com maionese de coentros, que só tenho pena que não viessem mais! Eram muito boas mesmo!
Como quarto momento, serviram um Bacalhau, Escalivada e Batata. Ainda estou para descobrir o que significa escalivada (dois segundos para ir ao Google: It typically consists of roasted eggplant and bell peppers with olive oil, and sometimes onion, tomato, minced garlic, and salt). Ahhhh! Ok, era isso mesmo (sem a beringela, neste caso). A mistura de pimentos com o bacalhau estava interessante, a esmagada de batata muito saborosa. O facto de o prato ser regado, na mesa, com o azeite de alho torna-o tão mais interessante... e o bacalhau estava óptimo!
Last, but not least... O quinto e último momento desta degustação: Pastel de Nata e Moscatel!
Um pastel de nata desconstruído, mousse e suspiro de canela, gel e gelado de moscatel... Desde já, peço desculpa pelo gelado derretido a estragar a foto... mas dois segundos de distracção e dá nisto. Canseira! No entanto, também não ficou muito mais tempo a derreter. A sobremesa só podia estar divinal, a fazer pandam com os restantes pratos. A "nata" era tão saborosa, que podiam abrir uma "fábrica de natas desconstruídas" em Belém e ficavam ricos!
Só tenho a agradecer mais uma vez ao staff do Pão na Mesa pela espectacular experiência que nos proporcionou. O serviço foi excelente, sempre com paciência para nos explicar a carta toda... O Chef José Lopes mais uma vez me impressionou e conseguiu mudar a minha visão em relação ao tema "ir jantar fora comida portuguesa": há pessoas lindas que sabem cozinhar (eu) e depois há cozinheiros a sério (chef). Não há nada como apreciar pela "primeira vez" um pastel de nata ou um belo pernil de porco, aqui voltamos à estaca zero e experimentamos aquilo que comemos todos os dias de uma forma diferente.
Outro apontamento que gostaria de deixar: eu achava que para ter uma experiência de cozinha moderna em Lisboa era necessário ir às poupanças-reforma para o fazer, mas estava redondamente enganada... Este menu Degustação com 5 pratos (sim, 5 pratos!) fica apenas por 40€/pax.
Com certeza voltarei para provar o famoso "arroz de pato", que infelizmente não está nesta degustação mas estará em breve à minha frente!
Estava eu tranquilamente a fazer um dos meus passeios favoritos: andar pela app da Zomato à caça de novos restaurantes... e deparo-me com um novo Mexicano em Massamá...
Primeiro, vem a confusão - como assim um mexicano em Massamá? Já não era sem tempo!!! Lá vou eu passar os dias numa dicotomia lixada: ir ao sushi ou ir ao mexicano? Como assim??? Isto deixa-me frustrada e contente ao mesmo tempo.
Depois, vem a ansiedade - vamos lá agora? Não? E agora? E daqui a 5 minutos? E agora daqui a 1 minuto? Já chegámos? Já chegámos? E agora? Já chegámos?
Finalmente, chegamos lá. Digo-vos que a primeira impressão não é a melhor. O espaço fica num local super escondido (mesmo eu que moro na zona, não fazia ideia como ir lá parar se não fosse o GPS) e inserido numas arcadas manhosas que mais parecem garagens. Uma das coisas que me saltou logo à vista são as mesas cá fora com o logo da "Estrella Damm Malquerida" e isso meus amigos, deixou-me logo mais descansada. Porque quem escolhe boas cervejas como "cara" das suas mesas, só pode ser um bom sinal.
Sentamo-nos cá fora, começo a gostar das arcadas manhosas porque apesar de feias, permitem uma esplanada abrigada o ano inteiro com um espaço bem amplo. Começo a imaginar tacos ao final do dia com Malqueridas... Começo a salivar... Trazem-nos a carta, começo a ler tudo e a querer tudo! Respiro fundo... Foco-me no importante: Quesadillas! Acreditem que não há maior desilusão que chegar a um Mexicano e não haver quesadillas... E aqui havia, e eram 3 diferentes.
Achámos por bem pedir: Nachos sin verguenza, uma quesadilla simples, Taco El Cabron e burritos Carnitas. Malqueridas a acompanhar, sempre!
Acho que as fotografias vão falar por si:
Nachos sin verguenza - Simplesmente pornográfico! Debaixo desta coisa, estava uma imensidão de cheddar que deixaria qualquer um com vergonha. Esta entrada é perfeita para partilhar e acabamos por fazer um 3 em 1: nachos com cheddar, guacamole e pico de gallo!
Quesadilla "simples" - o simples dá mesmo vontade de rir, mas pelos vistos são assim mesmo. Mais uma vez, reforço que esta entrada/prato é a minha perdição em qualquer mexicano. Mas este estava muito-mas-mesmo-muito bom, com uma apresentação irrepreensível a meter inveja a muitos restaurantes do mesmo género.
Confesso que só dei uma dentadinha nos burritos - FALHA HORROROSA - mas calma lá que isto não vai ficar por uma visita meus lindinhos! A dentadinha foi agradável, o burrito não era, de todo, seco (que infelizmente já me aconteceu demasiadas vezes noutros mexicanos). Tenho de voltar para fazer a apreciação correta do bicho.
E agora sim, os tacos que pedi e provei com'dev'd'ser, o Taco El Cabron. Só há pouco tempo descobri o poder dos camarões na comida mexicana e digo-vos já que este tempo muito power mesmo. Incluíndo no picante! Mas como a pessoa já não tem qualquer tipo de intolerância a picante devido ao uso abusivo de wasabis e afins... este encaixa-se no picante-perfeito / talvez demasiado para quem não está habituado.
Após isto tudo e não contentes com a tamanha bestice que já tinhamos atingido nesta leve refeição, pedimos uma sobremesa para dividir por 3 (desculpa perfeita de food blogger para "fazer o pleno"): uma muerte por chocolate... é um nome adequado a um daqueles bolos que mais parecem mousse de chocolate mas que são sempre bons para caraças. A parte engraçada na escolha da sobremesa é que quando estava à procura das opções de escolha, vi que havia Sangria "Picanharia" e o meu cérebro fez "uoooouuuuuuuuuu"... claro que só podia ser um restaurante irmão de um outro que tem tanto sucesso: a Picanharia. E é logo do outro lado da estrada...
Bem, acho que deu para perceber que adorei esta visita. Desde que lá fui, não consigo parar de pensar em desculpas para lá voltar. Isto a juntar às desculpas para ir ao sushi... Fica complicado mesmo. Malditos!!! (tou a brincar eu amo-vos!!!!!!)
Pode parecer mentira... Mas nunca tinha ido ao mexicano da Ericeira. E digo o mexicano da Ericeira porque este é mesmo o único por lá!
Abriu já há algum tempo, mais uma vez por incrível que pareça, ao lado da casa que me viu crescer, e mesmo assim nunca lá tinha ido.Estou sempre a tentar explicar às pessoas que quando vou à terra, aproveito sempre para estar com a família e muitas vezes isso traduz se em almoços e jantares por casa... Ou se for fora, naqueles clássicos de família e amigos que nunca passam por experimentar "modernices".
Desta vez, aproveito de esguelha um atraso da minha mãe à hora de almoço, arranjo a desculpa mais estapafúrdia para ela não fazer almoço à pressa e arrasto-a sem mais demoras ali para o restaurante ao lado de casa. Dou graças ao Senhor por ter Zomato Gold e ofereço o almoço!
Como já tínhamos marchado um queijo fresco (daqueles que só há na Ericeira) com uma bolinha das Marias (que só há na bela terra), não estávamos prontas a experimentar o menu inteiro... Pedimos uma fajita de pimentos a transbordar de queijo e um burrito de frango, tudo para compartir!
O espaço é pequeno e acolhedor, decorado a rigor com muitas referências ao México e música a condizer.Fomos recebidas com muita simpatia, servidas com rapidez e ficámos super bem com aqueles dois pratos.
A fajita estava divinal, eu adoro queijo com tudo por isso não seria de esperar outra coisa. O burrito, não foi de todo o melhor que comi até hoje mas deu para matar o desejo.Ainda deu para beber um cafézinho na esplanada, fiquei logo a imaginar-me a beber umas margaritas ali no verão. A carta não é muito extensa, mas voltarei com certeza para provar as outras opções.
O Zomato Gold fez com que esta experiência se tornasse ainda mais apetecível para voltar, foi realmente em conta.