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LM, fast foodie

Pasta-expert *** Master na arrumação da caixa de sushi *** Doutoramento na cozinha do desenrrascanço *** Veggie Friendly *** Viciada em comer-fora e arruinar carteiras

13
Out20

Ristorante Pizzeria Mama Lucia - Manta Rota

LM

Bem, vamos começar por explicar que de férias também se come pizza :D

Principalmente quando várias pessoas nos recomendam o mesmo sítio: "Vais para Manta Rota? Epá, tens de ir ao Mamma Lucia!" - e assim fomos!

 

O restaurante fica no Redondel, assim lhe chamam os locais, um pátio interno de um condomínio mesmo no centro de Manta Rota. O local é muito agradável, resguardado do pouco vento que corre e com muitas opções de cafés e restaurantes. Para quem conhece a Ericeira, fez me lembrar os Navegantes. 

O Mamma Lucia é um restaurante de "vera cucina italiana" e é logo a primeira esplanada quando se entra por uma das duas entradas. Não fomos ao seu interior porque a noite estava maravilhosa e sentámo-nos na esplanada. Uma das coisas engraçadas que notámos logo, é que as empregadas são italianas e, pelo que percebemos, todo o staff o é. O que dá logo aquela sensação de "eles sabem o que fazem"! 

 

Olhámos para o menu, tinha muita vontade de comer massa, mas fome nem por isso... Decidimos começar por um pão de alho (com extra de queijo, claro) e uma pizza Carbonara (8,5€) para partilhar (já tinhamos deitado o olho nas do lado e pareciam bem grandes para pedir uma para cada um). 

Já me tinham dito que as massas eram divinais, inclusivamente que tinham aquela pasta "mergulhada" no queijo parmesão aberto... Até babei... Fiquei com pena de não ter mais dias para provar a especialidade, mas também falaram tanto nas pizzas que acabou por ser uma escolha difícil.

 

O pão de alho estava óptimo! Nada de extraordinário (as comparações são malvadas né), mas como sabem, pão + alho + queijo nunca tem muita possibilidade de nos defraudar as expectativas.

 

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A pizza chega à mesa e é de salivar: para uma pizza média, é gigante. Ainda bem que só pedimos uma. 

 

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(desculpem lá a qualidade das fotos, mas não havia muita luz e nem reparei o quão péssimas ficaram!)

 

A massa da pizza é extraordinária para quem gosta, como eu, de massa fofa sem ser exageradamente grossa. Os ingredientes - esses sim fazem sempre a diferença - e aqui todos eles são frescos e de muito boa qualidade. A pizza estava realmente muito boa e ficámos super satisfeitos, sem necessidade de pedir alguma outra coisa. Mas claro que há sempre "aquele espacinho" para... a sobremesa!

E não é uma sobremesa qualquer, ah pois claro que não... Havia TIRAMISÙ (4,5€)!!! E acho que vocês já conhecem a minha obssessão com esta pequena delícia do belzebu... Então feita por Italianos, a expectativa estava muito em alta.

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E então? O que dizes LM sobre ela? 

Digo: malditas expectativas :(

Claro que o tiramisù estava delicioso, mas não era o que estava à espera. Eu sou muito apreciadora da receita que leva um creme mais encorpado (feito com muitos ovos, e bem gordinho), em que o creme é bem mais amarelado e delicioso. Este, era feito com natas e bem branquinho, o que não invalida o facto de estar bom e me deixar feliz. Mas... malditas expectativas! 

 

No final a conta foi bem simpática (o partilhar ajudou bastante, claro!) mas, mesmo assim, é um restaurante onde se come mesmo muito bem e os preços são muito acessíveis. 

Quando voltar à zona, quero visitar mais umas vezes este espaço. As massas ficaram aqui atravessadas... Talvez para o ano!

 

 

 

Ristorante Pizzeria Mamma Lucia Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

19
Jul20

Cotorinho - um recanto Transmontano em Belas

LM

Belas é uma das vilas mais surpreendentes da malha urbana de Lisboa. Pelo menos, para mim, tem sido uma surpresa descobrir os seus encantos.

Há uns dias atrás descobri uma quinta ao pé da igreja, a Quinta Nova da Assunção, que além de ter uma dimensão considerável de jardins para passear, também tem uma zona para pic-nics que me fez logo sonhar em tardes de domingo à sombra das árvores centenárias que rodeiam esse parque e claro, petiscar em cima de uma toalha vermelha aos quadradinhos. O palacete, apesar de fechado, é magnífico. Perdidos pelos quatro cantos da quinta, encontramos painéis de azulejos pintados com animais e figuras exóticas, as sebes verdes e alguma parte do jardim vão sendo mantidos e em certas partes quase que nos sentimos num labirinto, sempre a descobrir novos recantos sem saber bem onde estamos.

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Após esta visita e uma passagem rápida pelos fofos de Belas (fui só confirmar que continuavam bons), bastou descer um pouco dessa avenida principal e vimos uma esplanada, bem cuidada e apetitosa para um final de tarde de imperiais e petisco. "Cotorinho", que nome engraçado!

 

A esplanada tem aqueles detalhes  que nos fazem perceber de imediato que foi imaginada com cuidado: esplanada aberta mas que pode fechar para dias menos quentes, mesas e cadeiras bonitas, duas mesas feitas com paletes para grupos maiores. As paredes estão decoradas com heras, um cantinho mais natural e muito agradável de se estar. 

 

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O espaço lá dentro é relativamente pequeno, o que o torna bastante acolhedor. A casa onde construíram este restaurante é de traça antiga, na zona mesmo central e mais velha de Belas, esta foi toda remodelada e felizmente deixaram alguns traços da casa anterior. Alguns detalhes de pedra na parede, para lembrar como eram construídas antigamente, uma harmonia perfeita e a respeitar a história de outros tempos. São detalhes, mas são tão bonitos.

 

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Mal sabia eu que o Cotorinho tem também uma história tão bonita. O Chef André Teixeira, responsável pela cozinha e dono deste espaço incrível, contou-nos com tal entusiasmo como o restaurante nasceu: o nome do espaço é uma homenagem aos membros da sua família, que para ele "são tudo". Cotorinho é um pequeno lugar na zona de Vila Real, a terra onde a sua família tem origem e também onde  passou grandes temporadas da sua infância. Em Trás-os-Montes a boa comida é obrigatória e a arte de bem comer se exige. Todos os vinhos do Cotorinho são dessa zona e todos os pratos têm, de alguma forma ou de outra, o toque transmontano. A estrela da casa é, sem dúvida alguma, a Francesinha à Moda de Vila Real. É importante frisar a sua origem, porque ela é mesmo muito diferente das francesinhas de outras zonas. Como o próprio chef avisa: ou se ama, ou se odeia. Nós amámos, mas já vamos lá.

 

Sentámo-nos cá fora, não por uma questão de segurança mas porque nestes dias de verão é perfeito e todas as mesas, incluindo lá dentro, têm distância e estão impecáveis. 

 

Começámos pelas entradas: dois croquetes acompanhados com mostarda e um pão de alho com queijo para partilhar. Todos nós sabemos que a Francesinha é um prato leve e o melhor seria não exagerar nas entradas... Mas digo-vos já que foi muito dificil manter a compostura com este pão de alho. Eu ficava ali, a noite toda com ele e imperiais! Mas, havia francesinhas para experimentar. E ainda bem!

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Quando passámos ao verdadeiro ex-líbris do Cotorinho foi um misto de confusão e curiosidade. O molho é completamente líquido, nada a ver com o molho à moda do Porto. Quase que parece um caldo derramado por cima daquela sandes deliciosa cheia de coisas que nos fazem atingir o pico de colesterol num minuto. O sabor do caldo? Não consigo sequer explicar. Fiquei desde a primeira dentada até ao final a tentar perceber o que era "aquele sabor" sem conseguir perceber. Na minha família temos uma receita de molho de francesinha e habitualmente já consigo perceber os sabores... Se tem mais cerveja, se tem apenas carne ou também marisco... Mas aqui: zero. Não percebi e não identifiquei nada. Era só bom, delicioso, muito mas muito diferente. E penso que aqui, no molho, é que está a questão do amor-ódio. O meu esposo estava delirante, a adorar este molho que se entranhava facilmente no pão. Eu, estava a amar o sabor especial que este molho tem, intrigada mas feliz. Quem vai à espera de um molho à moda do Porto e não for "preparado" para esta diferença, pode não gostar, claro. Mas ainda bem que todos somos diferentes!

 

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A parte que a meu ver se destacou mais (mais ainda!) foi a "sandes" em si. Nunca, mas nunca mesmo, tinha comido uma carne tão tenra dentro de uma francesinha. O bife era relativamente alto para uma sandes deste estilo, quase que a tocar o limite do possível para uma sandes poder ser cortada convenientemente, estava incrível. Nenhum enchido se destacava demasiado ao ponto de esconder o sabor dos outros:  fiambre, mortadela e linguiça fresca. 

Além das francesinhas ditas normais, ficou na minha wishlist provar a vegetariana... E toda a carta do restaurante.

 

Para terminar, apesar da limitação a nível do meu espaço interior, não podia sair dali sem provar uma sobremesa... Ai eu não me chamo LM Maria!!! Queria muito todas as sobremesas ao mesmo tempo (porque a gula é sempre maior que o estômago), mas acabámos por provar um género de um bolo de chocolate fresco com camadas de nata, estava simplesmente fresco e delicioso. Fez nos lembrar uma vianeta em formato de bolo. Muito bom mesmo e perfeito para uma sobremesa mais leve.

 

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Ao escolher a francesinha como refeição, era humanamente impossível provar fosse o que fosse dos outros pratos da carta. Mas a minha curiosidade com os bifes e hamburgueres, após vários relatos da qualidade destes meninos, faz com que tenha de voltar muito em breve. E após esta primeira visita, ficou muito, mas mesmo muito claro que todos os pratos são de uma qualidade superior. E perguntam porquê? Porque o Chef André é apaixonado por este projeto. Não só dá logo para o perceber quando ele fala no conceito da casa, como a própria forma como descreve os pratos, os fornecedores, onde foi buscar as batatas, onde vai buscar a carne, os legumes... Tudo! Ouvi-lo dá mesmo muito gosto e muita vontade de voltar, para partilharmos esta paixão pela comida que nos é tão em comum.

 

Estou muito feliz com estas descobertas em Belas. Fico mesmo entusiasmada de ter encontrado estes refúgios perfeitos, mesmo ao lado de casa.

Ah! E como cereja no topo do bolo: tem Uber Eats e Too Good To go!

 

 

Cotorinho Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

18
Jun20

KOI Sushi Saldanha

LM

Sabem que esta coisa de desconfinamento tem muito que se lhe diga... Conseguir voltar a confiar que podemos sair de casa, felizes e contentes, para desfrutar de algo que sabemos fazer tão bem: comer fora. 

"Comer fora" é a arte de arranjar desculpas: "não me apetece cozinhar", "o chef cozinha muito melhor do que tu", "a máquina de lavar louça está avariada", "não tenho tempo para a cozinha hoje"... No caso do sushi, arranjo sempre desculpa! É que dá mesmoooooo um trabalhão fazer em casa e os chefs dão nos 20-0 na qualidade/rapidez/preço.

A parte de desconfinar e ir a um restaurante a sério... Sentar, comer lá, estar mais do que uma hora fora de casa... Essa é a parte que me parece mais difícil. Mas há que encontrar sítios que nos tragam segurança e nos deixem à vontade para o fazer. O Koi é um destes sítios.

 

Já lá tinha passado umas quantas vezes, mesmo no centro da cidade, no Saldanha, perto de tudo e todos. A Rua Filipe Folque é ali meio escondida, mesmo ao lado das esplanadas do Valbom, sempre foi uma das minhas zonas favoritas de Lisboa. 

O espaço é acolhedor, uma decoração engraçada de chapéus de papel no tecto que fazem lembrar aqueles que se metem nos cocktails, mas em ponto grande. As mesas têm bastante espaço entre si e sentimo-nos à vontade, em segurança.

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Estava tudo de acordo com as novas (e chatas) normas, o pormenor de colocarem um toalhete desinfetante em cada lugar é um miminho que demonstra a atenção que têm com os clientes, gostei.

 

O KOI funciona com menus all you can eat ao almoço (13,90€) e ao jantar (18,90€) mas também tem a opção à carta. Se seguirem o Instagram deles (@koisushisaldanha), estão constantemente a publicar campanhas e promoções loucas com preços muito apetecíveis! 

Nós fomos em modo all you can eat (vocês já sabem que este corpitxo alimenta-se bem) e no pedido, quando me perguntam se tenho preferência pelo tipo de sushi, já tenho o hábito de pedir o mais tradicional possível (tento mesmo não me esquecer de o fazer, porque não costuma correr bem só fusão).  Desta vez, e de forma a não estragar a criatividade dos sushimans, pedimos um mix tradicional-fusão para poder disfrutar da especialidade da casa.

 

As entradas são as clássicas peças hot rolls, que infelizmente não acho piada, mas ao provar uma descobri que estas até não me desagradam de todo. Em vez de um polme simples tinham qualquer coisa crocante (penso que amêndoas ou qualquer coisa do estilo) e não estavam empapadas em óleo.

Continuo a preferir sashimi.

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Mas a seguir sim, veio a "coisa séria": pratos muito bem decorados de sushi, uns mais tradicionais e outros de fusão.

A apresentação estava irrepreensível! Sashimi bem fatiado, de várias qualidades de peixe e em doses consideráveis, muita variedade de peças e até diria que tinha fusões muito interessantes que nunca havia provado. 10 pontos para Gryffindor pela criatividade, e pelo sashimi!

As peças de sushi tradicional estavam no tamanho certo, com boa proporção peixe-arroz e alga decente. Quanto as peças de fusão, provei algumas (não todas) e gostei muito das variações com arroz preto, roxo, rosa... Eram engraçadas e acabavam por ser mais parecidas ao estilo tradicional. Provei também uma com manga por cima e já achei demasiada fusão para mim. Vou me manter no tradicional, mas para quem gosta de fusão a sério, acho que tem potencial!

Continuo a preferir sashimi.

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O peixe estava todo bastante fresco, não sendo o da maior qualidade que já comi, para o preço apresentado, é provavelmente dos mais justos e que fazem valer a pena voltar. Já fui a sítios bem mais caros e com qualidade semelhante.

 

Como sobremesa, apesar de já não ter estômago para muito mais, provei um pouquinho de uma invenção da casa: um crepe de gelado de chocolate que se assemelha a um rolo de sushi, com fruta por dentro e umas sementes no topo. É uma mistura engraçada, acaba por complementar aquele docinho no final.

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Mas... Até como sobremesa, contínuo a preferir sashimi! E para minha alegria, o sashimi estava mesmo óptimo!

 

Outro aspecto a referir foi a simpatia do staff, impecável. Super atenciosos, prestáveis e com atenção ao detalhe. O que nesta altura é de bradar aos céus, porque trabalhar sempre com a máscara e a exigência de manter tudo dentro das normas, é bem mais duro e mesmo assim, conseguem ser simpáticos com "um sorriso no rosto" (apesar de escondido, ainda vai dando para perceber).

 

Gostei bastante da visita, espero voltar em breve!

 

 

 

Koi Sushi Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

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