Pasta-expert ***
Master na arrumação da caixa de sushi ***
Doutoramento na cozinha do desenrrascanço ***
Veggie Friendly ***
Viciada em comer-fora e arruinar carteiras
NOTAS: Já tinha ido duas vezes até ao Quintal após várias pessoas falarem deste espaço e dizerem maravilhas da sua comida honesta e deliciosa. Mas essas duas vezes que fui, fiquei mesmo só à porta... Nunca havia mesa de tão popular que o espaço estava, ou se calhar tive só azar. Ainda tentei reservar umas outras vezes sem sucesso, até que acabei por desistir e deixar para outra altura... Foram se passando os meses e nunca mais tentei, até encontrar o Quintal na Uber Eats.
"Ora vamos lá ver se a comida faz juz ao nome!" e decidi pedir um risotto de camarão, que é sempre um bom prato para avaliar se a comida é bem confecionada. É um prato que bem feito é delicioso, mas mal... ui! Ainda por cima de camarão! (Aposto que o cozinheiro responderia a esta frase com um "challenge accepted!"). Para ajudar à festa estava com promoção na Uber Eats: na compra de um prato ofereciam um queijo de ovelha gratinado com oregãos. BORA LÁ!
O queijinho, já estava à espera de não achar grande piada porque infelizmente os queijos de cabra são demasiado fortes para mim. Mas sei bem quem ia ficar feliz com este meu desgosto... (o meu esposo até lambeu as patinhas de tão bem que lhe soube!).
Tenho a dizer que este risotto de camarão com manga e caril fez me mais feliz do que qualquer um que tenha comido no último ano. Estava mesmo muito bem confecionado: arroz no ponto, o sabor adocicado da manga, aquele agridoce perfeito e o inconfundível caril. E camarões meus amigos!!! Muitos camarões bem grandões e gostosos! Não foi nada daquele mini-camarão escondidinho no meio do arroz, foi mesmo à séria! E é nestas coisas que nós vemos quem faz comida a sério e sabe o que é "bem servir" com muita, mas muita qualidade.
Só espero agora, em modo desconfinamento (odeio esta palavra, mas vá, percebe-se bem), conseguir finalmente reservar mesa e lá poder ir em pessoa experimentar muito mais. Porque deixou mesmo vontade e muita água na boca!
NOTAS: Mais um pedido de almoço através da Uber Eats em Massamá, mais uma vez de um sítio que andava a mirar há uns tempos mas, por alguma razão desconhecida, nunca tinha lá ido. Eu gosto muito de comida indiana mas como tenho sempre a barriguinha cheia dos meus favoritos em Lisboa, nunca me deu para ir experimentar este espaço. Tendo em conta o recente confinamento, já estava a bater aquela saudade das especiarias indianas, bora lá pedir para o almoço um pãozinho naan cheio de queijo e um chicken korma.
Eu sei que isto pode parecer estranho, mas apesar de no menu dizer "Chicken Korma (sabor adocicado)" eu estou habituada a pedir este prato por gostar exatamente deste sabor agridoce. O que me deixou um pouco desapontada é que este prato era doce doce doce mesmo! Não estava exatamente de acordo com aquilo que eu estou habituada, então não gostei muito, fiquei enjoada com o almoço doce. O pão Naan estava bom, o que me deixa com vontade de voltar a pedir (outro prato não-doce!) para dar uma segunda hipótese.
Talvez tenha tido azar na escolha, mas não impressionou.
Dica: Tive de pedir o arroz à parte, mas a dose deu perfeitamente para duas refeições.
Admito que ando há uns tempos para escrever sobre este sonho.
Talvez porque não queira acordar dele ou, porque de facto é uma memória que quero guardar tão bem, que vou fingir para mim mesma que ainda não aconteceu. É só um sonho.
Já vamos em 2 meses de encarceramento no local mais seguro das nossas vidas: a nossa casa. Este sonho, esta memória, tem sido uma bóia de salvação para relembrar que houve dias muito bons e que vão voltar.
Este foi último jantar que fui antes de a nossa vida virar de pernas para o ar.
É uma memória tão boa, mas tão tão boa, que dói relembrar.
Ainda ponderei só vos contar quando tudo isto tivesse acabado, mas decidi não o fazer por dois motivos:
1) Estamos quase lá e já podem começar a pensar em fazer disto um plano (em breve).
2) A Taberna Grande tem take-away e delivery (se viverem perto, estão com sorte!)
Começando o que já devia ter começado:
Fui conhecer a Taberna Grande num jantar de grupo bastante animado, desconhecia de todo o espaço e tenho de ser franca: sempre que vou a Setúbal, é choco-frito com elas! A Taberna Grande já existia, mas foi renovada e tem nova gerência.
O espaço fica perto da Marina, mas longe da confusão do centro por isso conseguimos estacionar o carro mesmo à porta. Avistamos logo uma esplanada de madeira bem gostosa, a pedir aquelas noites de verão pós-praia, era ali mesmo. Entrámos e o espaço é: UAU! A decoração é linda, rústica mas com aqueles apontamentos de quem teve atenção ao mínimo detalhe. Por um lado, fez-me lembrar uma cave de vinhos, mas com um toque ainda mais refinado e convidativo para umas boas jantaradas e noitadas.
É daqueles espaços que entramos para jantar mas acabamos às 4 da manhã a jogar às cartas para terminar só mais uma garrafinha de vinho (não me matem por isto, claro que só com a comparência e aprovação do staff na mesa da cartada).
A nossa mesa estava preparada, mas enquanto esperamos que todos chegassem, bebemos uns aperitivos e pude experimentar Gin de Setúbal (Real Gin) que foi uma surpresa muito agradável.
As entradas estavam cuidadas e bem ao gosto do meu palato: pão de várias qualidades, queijos regionais maravilhosos, enchidos e peixinhos-da-horta acompanhados com molho tártaro divinal (julgo que ficava a noite toda neles)!
Isto tudo bem regado com um ótimo vinho tinto, estava pronta para não sair mais dali.
Experimentamos também alguns dos petiscos que são servidos na casa: lulas recheadas, cachupa e bochechas de porco com vinho tinto. A cachupa foi sem dúvida a minha preferida, apesar de ter ficado bastante perplexa por ter-me atirado às lulas como nunca (quando normalmente nem lhes toco!)
Como prato principal principal (e não, não foi erro, digo-o duas vezes porque eu julgava que o menú tinha terminado nos petiscos) pudemos lambuzar-nos com grandes tábuas de carne (dose muito generosa) cozinhadas na perfeição, acompanhadas com ananás grelhado e umas batatas gratinadas do demónio (note-se que quando uso a expressão "do demónio" é porque eram mesmo muito boas).
Para finalizar, já sem muito espaço para tal, escolhi um pudim de palitos lá reine e ainda pude dar umas colheradas nas sobremesas alheias sem ofender ninguém.
Como consigo resumir isto? A Taberna Grande é daqueles espaços que vamos querer voltar muitas vezes, não só porque a comida é óptima mas, porque o ambiente e staff nos fazem querer voltar. Todos os pratos têm qualidade, não há um que não se note logo o detalhe com que foi criado.
E o mais engraçado é que apesar de ser um pouco longe de Lisboa, sei que lá vou voltar muitas vezes. Não sei bem quando, neste momento.
Mas se há plano que eu já gostava e agora sonho com ele todos os dias, é ir passar um dia inteiro nas praias da Arrábida e acabar com um final de dia na esplanada da Taberna: beber aquela cervejinha fresquinha com peixinhos-da-horta e cachupa.
Hoje venho vos contar a história de como descobri o Trieste. E de como às vezes perdemos oportunidades de conhecer algo maravilhoso porque simplesmente julgamos a sua aparência.
Isto podia ser uma história para crianças, daquelas onde o monstro se torna no príncipe encantado mas o que importa realmente é o seu interior. Pois já chega de merdas, é mais ou menos isso.
Não me lembro muito bem porquê, mas estávamos super atrasados para almoçar e queríamos pizza. Naquela segunda-feira, queríamos mesmo ir à nossa pizzaria do costume mas é o dia de folga semanal... Lembro-me de pesquisar no Zomato alguma alternativa, de preferência com Gold para aproveitar aquele dois por um malandro.
Trieste
Já tinha passado mil vezes os olhos neste nome. Mas nunca, nunca quis lá ir. Porquê? Porque comecei logo aqui o julgamento:
"Fica no Cacém e é um bocado fora de mão!"
"Epa, eu gosto mesmo da minha pizzaria favorita."
Mas naquele dia teve de ser. Lá meti o GPS para a morada deles e seguimos. O meu querido esposo reconheceu a zona, incrível como o restaurante fica numa rua de um sentido onde só podem passar moradores, muito perto da loja do cidadão do Cacém. Estacionámos o carro a meia dúzia de metros e descemos em direção ao espaço. Começo a ficar confusa, não vejo nada. Olho para um prédio perto da zona que o GPS indica, parece que temos de subir umas escadas e há de ficar ali, naquelas arcadas. Ok... Vejo uma placa "Trieste Pizzaria e Sushi".
"Pára!" - grito - "Eu não vou comer a um sítio que diz pizza e sushi!!!!"
Eu sei, podem julgar-me, mas eu acho esta combinação uma ofensa às duas cozinhas. Nunca percebi e não me venham com a treta que quem não gosta de sushi come pizza e vice versa.
Eu já não queria MESMO ir, mas o meu esposo (abençoado seja ele por isto) chamou-me à razão que eram quase 3 da tarde e não íamos conseguir comer uma pizza em mais lado nenhum.
Um pouco contrariada, mas cheia de fome, lá subi as escadas e encarei.
"Encaraste o quê?" - Perguntam vocês.
Encarei um restaurante sem vida, vazio, mal decorado e sem ponta por onde se pegue. Tipo tasco, mas sem identidade.
Receberam-nos com grande simpatia, não se importaram com a nossa hora tardia (ou pelo menos foram simpáticos o suficiente para não o mostrar, porque até eu estava envergonhada) escolhemos a mesa e analisámos a carta (que tanto me confunde): uma parte de pizzas, outra de sushi. Epa... Pronto, pedimos duas pizzas.
Continuei a olhar à volta e a reparar nos pormenores em conjunto com o esposo: a TV a passar música, nós ali sozinhos, a cerveja super barata, toda a carta com preços super acessíveis. Não estava com muita expectativa.
Atrás de nós, o pizzaiolo inicia a sua arte: noto logo que está a estender a massa, o forno atrás é próprio para pizzas... Não é que perceba muito do assunto, mas ao menos não eram pizzas congeladas. Quando as pizzas chegam à mesa: uau, eram bem grandes para uma pizza média. Tinha cogumelos frescos, uau, isso é um bom indicador. Tinham um aspeto incrível, estávamos admirados. Começamos a comer.
Amigos, é aqui que começa a chapada de luva branca na minha própria cara. "CUM CARAÇAS" é pouco para descrever a minha reação. Eu estava a comer uma pizza divinal por um preço absurdamente desproporcional para o que estava a experimentar. As pizzas estavam divinais.
DIVINAIS!
Ficamos estupefactos, mal conseguíamos falar um com o outro. Tínhamos sido tão maus ao julgar o espaço. O dono do espaço vem ter conosco e pergunta se estamos a gostar, quase que nos engasgamos em elogios. Ele começa a desenrolar a sua história (agora vai um bocado inception ok?):
Ele, pizzaiolo e dono do espaço, decidiu deixar o seu antigo trabalho e abrir um espaço seu. Porque há anos que fazia pizzas, sabia que eram divinais e decidiu arriscar. Mas as coisas não estavam a correr como ele imaginou e o irmão, sushiman, decidiu juntar-se a ele para o ajudar. Tanto ele como o irmão, passaram por vários restaurantes que não vou referir aqui (mas porra, é um currículo do caraças!) e acreditaram que os dois juntos iam conseguir juntar o melhor de si.
Nem passado uma semana estávamos lá batidos a experimentar o sushi do irmão.
Neste momento (em que estou aqui a escrever) estou a abanar a cabeça sem conseguir perceber como vos vou contar isto: eu acho, mesmo a sério, que este foi um dos melhor sushi que comi na minha vida. Vamos ser sinceros, já fui a sítios melhores, mas com esta qualidade e este preço? Isto bate 9,5 em cada 10 sushis em Lisboa que cobram o triplo do preço.
Apresentação dos pratos: cuidada
Confeção das peças: perfeita
Arroz: bate a maioria dos restaurantes
Algas: crocantes
Peixe: fresco e variado
Querem mais?
Não consigo.
Ando para escrever este review há meses e não tenho tido tanto tempo quanto queria... Mas hoje foi o dia, e sabem porquê? Porque descobri que eles estavam disponíveis na Uber Eats e pedi um combinado de 44 peças (que veio muito bem apetrechado!), queria voltar a tirar fotos, a ter a certeza que não era um sonho e escrever este review com toda a vontade. É dos poucos sítios que me consegue pôr a comer em total silêncio, a abanar a cabeça de prazer e a ficar abismada com a qualidade do que tenho à minha frente por um preço injustamente baixo (contra mim falo, que não sou rica nem ando a comer lá de borla!!! Mas eles merecem este reconhecimento!)
Se eu pudesse, dava 6 estrelas. O Trieste é sem dúvida alguma uma pérola escondida no Cacém.
Se conseguirem não julgar pelo espaço, aconselho vivamente a dar lá um salto para experimentar, seja pizzas ou sushi. (Isto quando a quarentena acabar ok?!)
Se viverem na zona, é o melhor Uber Eats / Glovo que podem pedir. Não se vão arrepender.
NOTAS: Mais uma vez aproveitando uma promoção 2p1 da Uber Eats, decidi experimentar a Hamburgueria do Chef. Às tantas fico um pouco confusa se já experimentei este sítio ou não: Hamburgueria do Chef, do Bairro, da Cidade, da Terra, da Esquina... Epá, que originalidade! Mas pronto, achei mesmo que este ainda não tinha comido.
Quando abrimos o saco, a primeira coisa que notei extremamente positiva foram as batatas.
BATATAS fritas "verdadeiras", grossas, com casca, maravilhosamente apetitosas e acompanhadas por uma caixinha de molho. Só com isto, ganha logo 3 pontos! Não há nada que me deixe mais feliz do que umas boas batatas e estas fizeram juz ao seu aspecto, estavam deliciosas.
O hambúguer em si, pedi o Texas ( 100% novilho, pão artesanal, molho cocktail, cheddar, bacon e cebola roxa caramelizada). Segundo a descrição, era tudo aquilo que eu queria. Quando dei aquela primeira dentada gulosa, apercebi-me do meu erro gigantesco: pedir para tirar o molho cocktail. Que tristeza...
Acho que vocês já sabem como eu fico quando tenho uma desilusão destas: pareço uma pita de 14 anos que acabou a relação com o crush da sua vida.
Cada dentada que dava, só me vinha à cabeça os hambúrgueres do Mac Donalds. O sabor do molho cocktail é IGUAL! E além disso, era uma prpporção de 1/3 hambúrguer para 2/3 de molho - exagero claro- mas não sentia qualquer sabor dos restantes ingredientes. Até podia ter frango lá dentro com espinafres que tudo sabia ao molho. E isto para mim, meus amigos, é o que se chama: estragar comida com molhos.
Logo, como podem perceber, a única pontuação que me resta dar é 3 pelas batatas e 0 pelo hambúrguer.